Aqui nessa casa ninguém quer
A sua boa educação
Nos dias que tem comida
Comemos comida com a mão
E quando a polícia, a doença
A distância, ou alguma discussão
Nos separam de um irmão
Sentimos que nunca acaba
De caber mais dor no coração
Mas não choramos à toa
Aqui nessa tribo ninguém quer
A sua catequização
Falamos a sua língua
Mas não entendemos seu sermão
Nós rimos alto, bebemos
E falamos palavrão
Mas não sorrimos à toa...
Aqui nesse barco ninguém quer
A sua orientação
Não temos perspectiva
Mas o vento nos dá a direção
A vida que vai à deriva
É a nossa condução
Mas não seguimos à toa