A cidade me pede
Eu finjo que não escuto
Pela porta aberta do meu quarto
Escapam buzinas e gritos
Pessoas maltratadas no silêncio
Um barulho seco de tapas
Ecoa no vazio
Os prédios sorriem de dia
Fazem digestão de noite
Eu passo e cuspo no chão
A cidade exige:
"Anda depressa! Grita depressa!"