Não se acostumar com a escuridão
Não pensar que o céu é o chão
Não acreditar nesses morcegos
Cegos, que voam tão distantes sobre nós
Não deixar perder-se a visão
Já não basta o vinho e o pão
Não acreditar nesse chão frio
Rio de sombras que deságua em lugar nenhum
É preciso sair da caverna
Acreditar lá fora existe luz
Deixar os cacos de vidros com seu brilho de ilusão
Ousar pegar as estrelas que não se chega com a mão
Não se afastar do que é verdade
Reinventar-se em claridade
Depois da agonia, vem calma
Alma, não somos um sinônimo pra dor