Nada se constrói sem confiança
Construímos juntos a esperança
Doar os filhos pela causa
Macambira, Pedro e Rufino
Morreu nosso menino
Guardem nossa Antonia Conselheira
Deodato, Beatinho, Deocleciano
Timotinho, o sineiro, não pare de badalar, badale de onde está
Todo fim anuncia um começo, dois começo
Todo fim anuncia três começo, quatro começo
Belo Monte! Todo pobre tem dignidade, basta terra, trabalho e liberdade
E ver os fogos espocarem
Brizola, Darcy, Freire, Furtado, Teixeira, Marighella
Lamarca, Florestan, Prestes, Apolônio! Ver o inimigo invisível
Todo fim anuncia cinco começo, seis começo
Todo fim anuncia sete começo, oito, nove, dez começo!
Vejo os inimigo(s) lá no alto da favela
Apontado para nós suas boca(s) de canhão
Aquela Bandeira no pau estendida
É mortalha certa para os corpos sem vida
Cocorobó! O início do fim!
Cocorobó! Jagunços do governo!
Cocorobó! Superaram as quipás!
Cocorobó! Matadeira, desgraceira, fura que nem peneira
Tenho medo mas eu vou lutar!
Não tenho medo mas eu vou lutar porque acredito na Conselheira