Preta, cê vai alisar pra quê?
Deixe seu cabelo aparecer
Até porque pelo traço, pela cor já da pra ver
O sarará que você tanto tenta esconder
Preta, cê vai alisar pra que?
Deixe seu cabelo aparecer
Até porque pelo traço, pela cor já dá pra ver
Um sarará crioulo
Formosura, seu cabelo é a moldura
É doce mas não é mole, que nem rapadura
É pedra noventa, só enfrenta quem aguenta
Quem se assume como é pro time entra
Entre porta, entre mil e portais
Quebra de convenção, revolução para os iguais
Mas preta, cê vai alisar pra quê?
Se é bem melhor deixar sua negritude aparecer
Até porque a energia que se gasta pra esconder
É perdida na expressão do seu ser
Nem bom, nem mau
Nada mais do que cabelo natural
É um cabelo de negô, de quem não negou
Sarará, pixaim, fuá, bombril
Miscigenação no brasil
Um cabelo de negô, de quem não negou
Sarará, pixaim, fuá, bombril
Miscigenação no brasil
Alisar pra quê?
Deixe seu cabelo aparecer
Até porque pelo traço, pela cor já dá pra ver
Um sarará, sarará, sarará, sarará crioulo
Sarará crioulo, sarará crioulo
Preta, cê vai alisar pra quê?
Deixe seu cabelo aparecer
Até porque pelo traço, pela cor já dá pra ver
Um sarará, sarará, sarará
Formosura, seu cabelo é a moldura
É doce mas não é mole, que nem rapadura
É pedra noventa, só enfrenta quem aguenta
Quem se assume como é pro time entra
Entre porta, entre mil e portais
Quebra de convenção, revolução para os iguais
Mas preta, cê vai alisar pra quê?
Se é bem melhor deixar sua negritude aparecer
Até porque a energia que se gasta pra esconder
É perdida na expressão do seu ser
Nem bom, nem mau
Nada mais do que cabelo natural
É um cabelo de negô, de quem não negou
Sarará, pixaim, fuá, bombril
Miscigenação no brasil
É um cabelo de negô, de quem não negou
Sarará, pixaim, fuá, bombril
Miscigenação no brasil
O mundo velho e decadente
Não aprendeu a admirar a beleza, a verdadeira beleza
Que põe mesa, que deita na cama
A beleza de quem cuida, a beleza de quem ama
A verdadeira beleza que trará a paz e a compreensão.