Meu sangue corre no corpo em aflição
Eu sem saber porque devo viver
Que deixe rubras minhas mãos inertes
Se do punho intercisado correr
Seria fácil fugir dessa prisão
O indulto imposto, as guardas, sem ter
Que deixe escura a minha visão
Pra luz pra sempre desaparecer
Me dê motivos, motivos pra viver
Me dê motivos, motivos pra crer
Que o choro em coro não é a escolha
Não deixar flores caírem ao chão
Ou deixem tudo que fiz se esquecer
À sete palmos desaparecer
Pois, afinal, tudo nasce pra morrer
Saiba que estou sempre à tua frente
Desde o dia em que apareceu
Não sou o abismo, assim como sentes
Sou uma escada que tem fim no breu
O sal escorre, mais cedo ou mais tarde
Mas, filho, agora és mero mortal
Ninguém se importa se fores covarde
É só um atalho pra parte final