Dillaz - Dá-me Ideias Тексты

Yo meu tropa dá-me ideias, saio de casa ou não?
Sei que o dia tá uma merda mas aqui não faço um pão.
A minha cota tá zangada por eu não ter profissão.
Já não é a primeira vez que vem com chinelo na mão.
E à pala da confusão, acordo com azia.
Todo o dia a mesma merda, sempre a mesma gritaria.
Picardia, picardia, de filho para pais.
Mas eu vou fazer o que, se têm razão a mais?
Vou da carcaça pra cama, de cama pra carcaça.
Deito-me fumado, acordo com a retrassa.
E enquanto eu descubro o quanto a minha vida é escassa.
Vou ficando aqui a ver que a merda do dia não passa;
Ligo para o zeca, e ele tá ocupado.
Ligo para o tica que nem sequer tá levantado.
Também com um dia destes quem é que vai tar lembrado.
De pôr a pata na chuva para ir a qualquer lado?
Só me apetece dar um grito, tenho o rádio avariado e a tv so fala shit.
Tou a ficar aflito, não sei bem os porquês.
Está a chegar o fim do dia nem conheço o fim do mês.
Estou só eu e a lucidez, sinto que tou sóbrio,
Na rua chamam-me bezana e eu respondo sou eu próprio.
Qual é que é o problema, qual é que é o estrilho?
Porque só fazia merda é influência pro teu filho?

Ai,
Carraspana em carraspana, dá com a cabeça na retrete.
A mesma barba à 1 semana, chatiei-me com a gilette.
Vou pro pc fazer o que? Não sou como tu óh imbecil
Passa a vida em sites porno e diz que tá no farmville.
Nem tenho mensagens, acabou-se o salário.
O dia não avança, relógio roda ao contrário.
Nunca mais passa o dia pro riscar do calendário.
Também ta aqui à janela para fazer papel de otário.
O meu estomago continua agoniado,
Ontem às duas era vinho, hoje às dez é leite magro.
Dez garrafas, só um copo, bebo e não caio.
Nunca arranjei um emprego mas espero o primeiro de maio.
Fuck it, vendi a mega drive, não há soccer.
Sempre teso a ver os amigos com a guita do pocker.
Eu nem sou um artista, pra aparecer numa revista.
Pra ganhar dinheiro fácil, meu puto, faço-me à pista.
E a vizinha que te avista, trabalho de jornalista,
90% Delas têm problema na vista.
É a vizinha que tá prenha, tem a nanha na barriga,
E agora quem é que paga a pedrada da rapariga?
Falar da vida dos outros já virou uma comichão.
Dizem que sou um zé ninguém, sem carta de condução.
Talvez até com razão, mas não tenho problema.
Mesmo assim faço-me à estrada, porque a jarda é sempre a mesma

Tô com a cabeça à roda,completamente em brasa.
Eu ando muito ressabiado e não consigo ta em casa.
Ir pra rua fazer tá um tédio,
Diz-me lá como é que eu fico,
A ver as pitas de 10 anos com mamas de 25.
Ai,
E pelo sim pelo não, fico aqui a olhar pro chão,
À espera de uma noção, do que tô a dizer.
E enquanto o dia não passa, fico aqui nesta desgraça,
A pensar no que é que faço ou posso fazer.
E enquanto a minha mente escassa, eu carrego esta farsa,
Dentro da carapaça sem poder fugir.
Enquanto há um sinal do pó, imagino que não estou só,
Na cabeça ouço uma voz: Vai mas é dormir.
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