Medo
Diego Luz
Medo
Não posso viver sem
O tempo não poupa ninguém
Eu não sei mais
Medo
De perder a inspiração
Dizer algo em vão
Medo
De ter e não compartilhar
De ser e não estar
De crer só na razão
Não nutrir emoção
Ao ter ao lado
O desespero fruto
A vitória pertence a quem
Crê sem pestanejar
Não negar o dom de driblar a sorte
E poder mergulhar
Em um mar de tons
Sem temer o que há
Eu tenho medo do purismo,
Fazer da hipocrisia a tônica de minha voz
E ao revés a mesma voz
Que se emprega pra infundir a ousadia
Que há em nós
Ante ao perigo,
A bravura é o meio ante ao perigo,
A força da intrepidez ante ao perigo,
A insistência da coragem é a firmeza de esperança,
Ante ao perigo