E foi assim que foi parar numa casa para doentes mentais
E percebeu que era ali que deveria viver
Porque lá fora a vida ao lado dessa gente inteligente demais
Não lhe fazia sentido e não conseguia entender o porquê
E entre eles o normal era fingir afeição
E conseguir alguma coisa que lhes desse poder
Para esbanjar e provocar alguma satisfação
E venerar seus efeitos sentado em frente a tv
E descansar sobre os ossos daqueles reles mortais
Comemorar as conquistas com outros falsos amigos
Consagrar idiotas ditando regras e nomes
Criando novos desejos pra consumir os antigos
Tome um gole desse pouco que sobrou
Há quem não duvide, eu duvidei
Eu me iludi, eu te amei então perdi minha paz
E desejei por muito tempo ser alguém que eu não sou
Alimentando essa mentira com verdades iguais a tantas outras que contaram e pouca gente notou
E os corações se congelaram mas ninguém percebeu
E de repente foi vendido o que não tinha preço
Sem destino estávamos iguais, presos dentro de nós mesmos.