Um palestino preto
Era um judeu do gueto
Seu nome era Jesus
Pregado em uma cruz
Os pobres e mendigos
eram os seus amigos
Reze pra ele não voltar
E você não queimar
No fogo de mil sóis
Dançando em esqueletos
De pobres e de pretos
De putas, travestis, do norte do país
São os milhões de Cunhas
Na boca tanta espuma
Que parece um chafariz
Dos jardins infernais
Que esperam por vocês
Ódio no seu coração
Olhe pra Dimas no alto da montanha
Ainda existe o perdão
No fim dos tempos que já começou