Lá vem o Mágico Estrambólico
Eu acho até que ele não bate bem da bola
Meio lunático, enigmático
E de repente tira um coelho da cartola
E certa vez botou uma moça num caixote
E aí pegou um serrote
E cortou em dois pedaços
Um dos pedaços com dois pés dependurados
A cabeça pro outro lado
Perguntou: "cadê meu braço?"
Com uma capa que comprou em Singapura
Aprontou uma travessura
Fez a moça então sumir
E lá de dentro de um armário, toda bela
Eis que surge a donzela
Até agora não entendi
Um outro dia, ele fez gato e sapato
Fez chover com espalhafato
Coca-cola e chantilly
E do baralho ele pegou um Ás de Espadas
Fez um truque da pesada
Que não dá pra descobrir
Tirou moeda aqui detrás da minha orelha
Que até ficou vermelha
Pois me deu um arrepio
E transformou com a força da telepatia
A varinha de magia
Na bandeira do Brasil
E todo mundo fica hipnotizado
Pois o cara é danado
E consegue levitar
Abracadabra, eu fiquei de boca aberta
Vou dizer, uma coisa é certa
Nunca vi alguém voar
Quando pousou, tirou do bolso do casaco
Uma pomba e um macaco
E a platéia enlouqueceu
E aí do nada, de uma nuvem de fumaça
Ele fez outra trapaça
Puff... e desapareceu
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