Quando ninguém viu andei de pé no chão
Cansei de me iludir em amores em vão
Sabendo que o mundo que eu esperava ia chegar
Sorri sem querer e só chorei por necessitar
Só eu vi o que passei
Só quem tem a chance de poder opinar
Quando ninguém viu aqui escureceu
Teve dias sim que brilhavam
Mas pro lado de cá o sol nunca nasceu
Eu vi as mãos que se estendiam para oferecer
E as que se esticavam para tirar
Só eu vi o quanto a cabeça pensou
E o quanto o mal rondo
E o quanto o bem ia reinar
Aprontei sim, deixei levar
Mas tava errada aquela crença
Nunca me deixei levar por má companhia
Sempre fui pela própria cabeça
E das vezes que a família se pronunciou
Poucas foi pra dar os parabéns
Às vezes pra tentar aproximar aquilo que me faltou de bens
Já quis fazer um “dim” sim, de outras maneiras
A maneira mais fácil para os mentes fracas
Mas na ponta da pele “tiu”, toda faca vira espada
Sempre foi eu “sozin” e o “finin” namoral
Mas também me abandonou quando começou a fazer mal
Mas ai, hoje sei o que é ser digno de dó
Mas a cabeça limpa
Nunca fui de dar dor de cabeça nem pra minha mãe, nem pra minha vó
Meu pai não tem culpa
Assim como também não culpo a minha mãe
É quente, mas só que se eles pensassem um pouco mais em amor
Essa porra de vida podia ter sido diferente