Não tem um dia em que
Eu não pense na vida
Em toda forma a assombração
Onde o passado se torna presente
Na forma de uma visão
Da morena em busca da sorte
Nas formas de alucinação
Nem uma noite que seja inteira
Ou um sobrado de opinião
Canteiros virados sem flor
Conduzindo o fracassado ladrão
E a s almas da torre no norte que
Cansadas ainda fazem serão
Mas a tristeza do homem condena
O homem em forma de oração
Que no sono quem deixa negado
Eu sou um palhaço triste e ladrão
Um sorriso destoado infeliz
Um abraço sem aproximação
Os carinhos esquecidos no palco
Nos improvisos de um beberrão
Os garis dançando pra lua
E as vassouras uivando no chão
As águas da chuva invadem
Os trovões vêm denunciar
A falsidade que na terra envelhece
Os pilares de um sistema vulgar
Não há nota que não seja tocada
Nem invernos que não vão passar
Mas a tristeza do homem condena
O homem em forma de oração
Que no sono quem deixa negado
Eu sou um palhaço triste e ladrão