Dos teus braços cresceram os meus dedos
Da tua boca, o pecado mais cruel
Os teus ombros planearam meus cabelos
Na minha pele, restos da tua pele
Da tua boca se embriagou a minha boca
E o teu silêncio inventou a minha prece
Dos teus sentidos a poesia anda louca
Pela tua boca, minha boca se emudece
Os teus olhos abrigaram meus receios
Teu outono derramou o meu perfume
O teu desenho enfeitiçou os meus desejos
O teu corpo incendiou o meu lume
Do teu nome Deus criou o meu nome
Nos teus cabelos debruçou o meu abraço
Pelo destino, o teu amor encontrou-me
Serei sempre tua em teus braços meu regaço