Lá, tem muito pra pouco
Aqui, tem pouco pra muito
O formigueiro insólito
Cria seus próprios fungos
Lá, toda calmaria
Aqui, rompe as garras do dia
Trabalho, esforço, impacto
Nas costas da maioria
E se o gigante acorda
Pisa em todo mundo
Formiga santa, formiga muda
Vai tudo pro poço sem fundo
Lá, a riqueza e o ouro
Aqui, as bancadas do fogo
O subsolo intacto
Conspira seu grande retorno
Lá, a limpeza e a calma
Aqui, todo lixo pras almas
O oceano impávido
Propaga as ondas da mágoa
E se o gigante acorda
Pisa em todo mundo
Formiga santa, formiga muda
Vai tudo pro poço sem fundo
A fúria vem anunciar
A terra que deu quer tirar
Mares em preparação
Vibra por baixo do chão
Espalha nos ares o som
Da verdadeira revolução
E se o gigante acorda?
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