Eis que os olhos se abriam
Mas ainda havia névoa
O tempo na sombra da tranqüilidade
Pesando sobre o discernimento
Sons mesclados, confusos
O turbilhão de pensamentos
Envolvendo a realidade
Transformando-a em tão bela paisagem
Mas eis que é nada
Efêmera e fulgaz
Insípida e... E já foi...
Perdida...
O sorriso no rosto (Prestes a se dissipar)
Parece eterno
Mas eu sei que não (Prestes a se dissipar)
Parece vivo
Mas vai morrer (Prestes a se dissipar)
Parece bom
Mas te faz cair... (Te faz cair)
E ainda assim
Houve quem lhe amparasse
Estendesse a mão
E lhe segurasse
E quando o destino
Sedento gritou
Houve quem se cortasse
Em seu lugar sangue derramasse
Á, se soubesses que a vida é muito mais
Mas não sabes,
Então, cospes no corpo que sangra
Ainda que sangres por ti
Perdida...
O sorriso no rosto (Prestes a se dissipar)
Parece eterno
Mas eu sei que não (Prestes a se dissipar)
Parece vivo
Mas vai morrer (Prestes a se dissipar)
Parece bom
Mas te faz cair... (Te faz cair)
E agora que o olhar é vítreo
E o corpo jaz frio
Não há porto seguro
Nem luz ao fim do túnel
O turbilhão se desfaz
E de sonho à vida se vai
Em um segundo
Não há nada mais