Menina, das costas cansada
Que é tia na escola
E tão desastrada
Menina, que bate sempre o carro
Nervosa e apavorada
Às vezes confusa e sempre avoada
Minha magrela, da pele amarela
De giros em panos, de fogo na boca
E com a voz de uma cantora de blues.
Menina, com suas mãos que tocam
Que curam e divertem
Mas infelizmente entorpecem
Menina, uma filha tão mulher
Uma mãe atenciosa, dos filhos que
Nem teu sangue tem
Minha magrela, de coração imenso
Que diz que não é fita, e que só canta em inglês
Mas ela me ensina o português.
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