Aprontei minha matula
Saí de madrugadão
Pra fazer uma caçada
Lá no arto do espigão
Eu levei o meu cachorro
Que era de estimação
Também foi meu cumpanheiro
Fio do cumpadre Tião
Eu sortei o meu maiado
Ele começou acuar
Peguei a minha espingarda
Que é de fogo centrar
E gritei pro cumpanheiro
Que tava noutro lugar
Fique firme na tocaia
Que o bicho já vai passar
Não demorô muito tempo
Meu cumpanheiro atirou
Eu pulei de alegria
Pensando que ele acertou
Nesse baque eu vi o viado
Que apontou no carreadô
Eu dormi na pontaria
Preguei fogo ele rolou
Eu chamei o meu maiado
Ele logo ali chegou
Veio todo ensanguentado
De um tiro que ele levou
Oiei pro meu cumpanheiro
Nessa hora ele inté chorou
Porque o tiro que ele deu
No meu cachorro acertou
Eu peguei o meu maiado
E pra casa eu carreguei
Quando foi de tardezinha
Lá em casa eu cheguei
Dei prele muito remédio
Mas nenhum eu acertei
O meu maiado morreu
Em riba dele eu chorei
Peguei a minha espingarda
Que tava em riba do laço
Dobrei ela no meu jueio
Fiz ela toda em pedaço
Eu fiz o meu juramento
Posso inté perder um braço
Porque desse dia em diante
Nunca mais caçada eu faço
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