Não havia distinção de tribos
A paz reinava entre Karajás, Filhos de Kananciuê
Anhanguera demônio da inveja,
Maculou os mitos
Causando miséria, egoísmo e dispersão
Javaé, Karajá, Xambioá
De tristeza Kananciuê chorou
O brilho do luar foi ofuscado
E os raios de fogo que desceram do céu
Trouxeram Ury, Toriní e Ataná
Tarântulas profanas, semi-deusas, rainhas Mukariás
Javaé, Karajá, Xambioá
A ira de Kananciuê despertou
Os espíritos sagrados dos antepassados
Surgiu a cachoeira Dihu-Berokã
Para dizimar Anhanguera
E invocar a entidade enfurecida de Aruanã
E o mundo saiu das trevas
A harmonia dos clãs voltou a reinar
Totens sagrados foram erguidos
Reverenciando o monumento Karajá