Rugido de feras no ermo da selva
Confundem-se com soar de
Tambores e trovões
Preparem-se povos beligerantes do
Rio solimões
O medo que busca coragem na fúria
Do temporal
Desperta da maloca de ossos
O monstro sobrenatural
Guaricaya, guaricaya
A proteção de totens de ídolos
Em fibras trançadas, crânios
Deformados
Vestes de algodão tingido
Lança na mão do índio gigante
Com braços de onça pintada
Mascarado espírito guardião
Quando surge, quando ruge
Ele vem pra castigar as almas
Convoca suçuaranas, jaguatiricas,
Maracajás
Marchem guerrilheiros, remem
Canoeiros
Celebração de oblação
O transe do rapé
Para encontrar e cultuar a fera voraz
Guaricaya, guaricaya
Ele vem, ele vem, ele vem, pra
Castigar as
Almas
Fuja, fuja, fuja, fuja, fuja