Do fundo do rio
O rebojo soturno
O mistério das águas
O frio que arrepia,
É Cobra grande que bóia
Com encanto e magia
Do mistério da mata
O perfume que mata
Galhos se vergam
Os bichos se calam
A criatura que surge
Assusta e persegue
No desespero do mura
Da luta inglória
O desalento ordenou
Da pajelança o veneno
Da boiúna, da flecha o destino
Seu desatino
A Rainha virá
Em cobra grande
Em cobra grande encantada
Desperta da toca molhada
E faz tremer o chão das ocaras
Surge dos igapós
Em cobra grande
Em cobra grande
Surge dos igapós...
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