A dor de uma saudade
É uma dor bem doida
Machuca maltrata o peito
Quando lembro a despedida
Procuro não acho jeito
Pra tirar dentro do peito
Essa paixão tão sofrida
Ser vaqueiro no sertão
É viver com alegria
Montado num alazão
Numa sela bem macia
E correr atrás do gado
Romper o mato fechado
Assim que amanhece o dia
Vivo aqui no meu torrão
Sou vaqueiro apaixonado
Gosto de rabo-de-sai
De vaquejada e de gado
Comigo não tem canseira
Se entro na brincadeira
É com mulher do meu lado
Não vou pra cidade grande
Esse aqui é meu lugar
Peço ajuda a Padim Ciço
Pra ele me abençoar
Enquato vou cavalgando
Pela estrada aboiando
Pra Jesus me abençoar