Eu consigo te ver sozinho
Escondido
No meio da multidão
Já te vi até sorrindo
Mentindo
Pra se sentir um irmão
Mas por dentro eu sei
Seu quadro é negro de carvão
Sujo como carvão
Roubou a sua razão
Você não se despediu
Saiu
Deixou todos na mão
Partiu sem moral
Ilegal
Dentro da sua decisão
Mas por dentro eu sei
Seu quadro é negro de carvão
Sujo como carvão
Pintou seu corpo no chão
Vai!
Dê as caras
Mostre o rosto
Não abaixe a cabeça
A chuva ainda não bate no olho.
Sai!
Saia daqui
Mas antes olhe no rosto
O espelho do gosto
Doce de quem quer viver
Pintado no desespero do normal
Do padrão, da moral
Misturado no sangue que corre à mão
Que se estendeu em vão
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