António Pelarigo - Trem da Esperança Тексты

Foi de verde que partiste
Às cinco, no trem da esperança
Nas malas de ilusão triste
Pouca roupa e a lembrança

Ficou no cais, tu não viste
Um aceno de criança

Lá na aldeia a vizinhança
Nada há que a conforte
Por ver partir para frança
Os braços de um homem forte

Que partiu no trem da esperança
Na esperança de melhor sorte

Seguiu também na bagagem
Além de sonhos nefastos
A dor que rasga a coragem
E a crença dos sonhos vastos

Como quem escreve na margem
De papéis velhos e gastos
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