Ouvi um pássaro cantar no cativeiro
Nesse instante não contive a emoção
Em saber que a beleza de seu canto
Condenou-o a viver numa prisão
Se, por cantares, hoje vives prisioneiro
Somos iguais neste ofício de cantor
Pra dar ao mundo mais poesia e ternura
Em liberdade, cantar a vida e o amor
(Não tem preço, a liberdade não tem dono
Só quem é livre sente prazer em cantar
Se um passarinho canta mais quando está preso
É no desejo de um espaço pra voar)
Quantos homens nas gaiolas desta vida
Aprisionados pela empáfia do poder
São como pássaros, cativos da injustiça
Morrendo aos poucos na prisão do mau-viver
Quero ver pássaros e homens livremente
Romper na vida toda forma de prisão
Que só o amor e liberdade nos cativem
Aprisionando-se em cada coração
(Não tem preço, a liberdade não tem dono
Só quem é livre sente prazer em cantar
Se um passarinho canta mais quando está preso
É no desejo de um espaço pra voar)