Todos os dias na Avenida São João
A gente ouve com muita satisfação
O engraxate do ponto onde se acha
Convidando a gente na batida de sua caixa
O engraxate do ponto onde se acha
Convidando a gente na batida de sua caixa
Vamos dar uma lustradinha
Seu sapato vai brilhar
Se quiser pintar a sola
Com prazer eu vou passar
Vamos dar uma lustradinha
Seu sapato vai brilhar
Se quiser pintar a sola
Com prazer eu vou passar
(Vai graxa, doutor?)
Se vai pode sentar
(Vai graxa, freguês?)
Se vai pode sentar
De vez em quando eu pergunto para alguém
Se nesta vida o engraxate vive bem?
Tantos sapatos que ele vive a engraxar
Mas ele mesmo não tem um para calçar
Tantos sapatos que ele vive a engraxar
Mas ele mesmo não tem um para calçar
(Uma graxinha na sola de vez em quando é bão pra não estragar
Vamos passar um pano de leve aí, homem?
Vai tinta na sola, freguês?
O seu sapato na minha mão fica igual um vidro
Vamos um paninho de leve
O seu pisante é fino, doutor, vamos tratar bem dele)
De vez em quando eu pergunto para alguém
Se nesta vida o engraxate vive bem?
Tantos sapatos que ele vive a engraxar
Mas ele mesmo não tem um para calçar
Tantos sapatos que ele vive a engraxar
Mas ele mesmo não tem um para calçar
(Vai um paninho de leve? Só pra tirar a poeira, não precisa dar nada, vamos lá doutor!
Vai graxa, freguês? Vamos engraxar esse sapato que é artigo bom)