Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar:
Que ao que levou meu amigo
Há-de a noite encarcerar
Dentro de fel e vinagre
Sua boca há-de fechar.
Com sete chaves de treva
E fechaduras de neve
Que ao que levou meu amigo
Há-de a febre devorar.
Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar:
Sobre a parede mais fria
Suas tripas há-de o dia
Pendurar em argolas de veneno
Sua carne há-de queimar.
Com carvões de acetileno
Mai-lo sangue que há-de arder
Que ao que levou meu amigo
Há-de a noite decepar
Há-de o dia ver morrer.
Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar:
Sobre a parede mais fria
Suas tripas há-de o dia
Pendurar em argolas de veneno
Sua carne há-de queimar
Com carvões de acetileno.
Se sabedes novas do meu amigo
É que venho perguntar.
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