O homem de sorriso amarelo atravessou o cerrado até chegar no mar.
Viu gavião que pousou, andorinha que voou pra cachoeira daquele lugar.
Viu lavadeira do rio cantando às margens do Rio Cipó.
Falavam de um tal de Juquinha que era feliz mas vivia só.
Ouviu Dona Mercê que do quintal toca seu tambor, Dona Odila faz café e olha tombador,
Que cachoeira (que Deus me deu, que cachoeira)
O homem ao atravessar o cerrado
Viu véu, viu verde viu Cachoeira grande.
Ao som do tambor do candombe também dançou
Ao som do tambor que Deus abençoou
Cachoeira de pau e pedra muita terra,
Muito chão percorreu até chegar na praia, até chegar na praia
Cidade de Parati, Ouro Preto com praia, muita gente, muita gente boa
Mas no fundo suas raízes gritavam
Pois tinha tambores batendo no peito
Guardava na mente grandes momentos
Queria ouvidos sons de viola
Sentia a saudade comendo por dentro
Ele voltou pra terra que amava
Suas raízes vingaram
Suas raízes gritaram
Ao som do tambor tambor também dançou
Ao som do tambor que Deus abençoou.
Vento de Serra o que você traz,
Traz a semente pra plantar a paz,
Traz pra esse mundo mais tambor e viela,
Leva contigo a tristeza embora.