Marcos Petrilo, um amigo meu,
Transou com um pastor alemão,
Ficou grávido e deu a luz
À um filhote de Cruz Credo.
Pela janela do ônibus
Vi um sujeito mijando na rua.
Até aí tudo bem,
Sentiu vontade de mijar, mijou.
Na Bahia é assim também.
O estranho foi o piru do indivíduo,
De tal maneira que eu pude constatar em loco
Como os seres humanos são tão diferentes.
Nacional é o cacete!!!!
Viva a Cultura !!!!!!!
A medicina podia desenvolver um piru
Sobressalente pras mulheres.
Eu não sou gilete não,
Eu não sou gilete não,
Eu não sou gilete não.
Noite de terror e pânico.
Minha mulher estava grávida
Então resolvi eu mesmo fazer o parto.
A criança nasceu morta.
Então a segurei pelo cordão umbilical
E girei ela no ar
Formando círculo concêntricos
Até arremessá-la longe,
Pra muito longe dali.
Enquanto isso minha mulher se esvaía em sangue,
Então, com as próprias mãos,
Arranquei-lhe o útero, o ovário, a bexiga,
O intestino grosso, o pâncreas,
Até formar um corpo sem órgãos.
Rio de Janeiro, 21 de abril de 2001.
Cada um tem o seu diário.
O meu é assim.