Verdejo a tarde
Com sabor de chuva mansa
Fogão aceso amornando o meu sossego
A solidão rondando a porta da varanda
Um gole abranda o debruçar de algum apego.
Verdejo a noite
Com saudades mal dormidas
Jujando orvalhos com tansagens de carinho
Caúna espera que amiúda minhas horas
Por onde aflora alguma ausência em meu caminho.
A madrugada me apronta um mate novo
Cevando dores, revirando minhas feridas
Do que adiantou fazer-me pátria sobre os bastos
Se na garupa faltou-me a prenda mais querida.
As vezes louco
Delirando em meus lamentos
Te alcanço um mate procurando o teu olhar
Querer da alma que te busca a cada instante
Parceira errante que mateia em teu lugar.