(Ei loco!)
Bem-vindo à periferia, lugares longe do centro
Vejo as minas no orelhão falando com os cara que tão lá dentro
Na função é vários moleque, bolando bomba de beck
À procura de uma luz que não seja a do giroflex
Os cachimbos e as jontex, eu vi no chão da viela
O sexo, é vida e a pedra acaba com ela
Os vigia tão na janela, é o típico zé povinho
Cuidado que a denúncia pode vir do próprio vizinho
E se a dama curte um bom vinho, se torna inevitável
Na praça não rola taça, o copo é descartável
Nas ruas um formigueiro, o clima é formidável
Nas ruas rola o pecado, mas meus pano tão impecável
Oh! Mundão é uma vitrine, povão não subestime
Trampando nóis pega firme, vai além do que o jornal imprime
Na quebrada nóis é mutante, sentinelas elimine
Zói vermelho que nem Ciclope, chei de garra tipo Wolverine
Onde as crise financeira sempre ataca
Quem no crime faz carreira já se destaca
Clima ferve mesmo quando faz a friaca
As moto sem placa, é real
(Onde a rua interage
Tudo que acontece nela, pode pá, não é mirage
Vai e vem, malandrage
Essas ruas são espelhos que refletem a nossa image)
É real, não é ilusão não tem a ver com as coisa que bolo
As meninas, tipo criança tão com uma criança no colo
As novinhas são mães e os pais são cães
Toneladas do Paraguai e os pastores são alemães
Divisão elite quebrada, as linhas são inimigas
Falo do crack, é real, não da matéria que vi na Liga
Dois tragos, já era, o vício logo te vence
Perde peso e vai engordar nas coisas que já não te pertence
Desleal, desleal, quebraram nosso castelo
Botaram o crack no gueto, enfraquecendo o nosso elo
Surreal, surreal, os moleques sem chinelo
Vejo tijolo vermelho e também Camaro amarelo
Oh! Consumo é coisa séria, meu bairro na televisão
Vejo as imagens aérea, ao vivo na transmissão
Os moleque tão na missão, não tem dublê na vida real
Tensão, perseguição, cena de fuga no matagal
Waaww!