O Salgueiro é
Pra quem tem fé
No gingado das baianas
Vem, meu povão, diz no pé
Vim, meu amor
De uma era medieval
Para brincar, oi, o Carnaval
A folia tomou conta da cidade
A ordem do rei é cantar
Sou menestrel do divino
A poesia já vem me contagiar
Os doze pares de França
Se trançam em busca do mesmo ideal
Cristãos e mouros se lançam
Na luta do bem e do mal
Lagedo sagrado
O rei Congo aqui chegou
Pra ser coroado
Neste "Reino de Xangô"
Tumba lá e cá, é Moçambique
Tumba lá e cá, rainha ginga
Hoje os sertões se manifestam
Cariri, pageú, siridó (siridó, siridó)
É de couro e prata a coroa
Fidalgos de minha casa real (o lugar é divinal)
Tabuleiro de xadrez
Mesa de baralho
Zumbi, louvado seja o ritual
Pastorinhas brilham neste festival
E as bandeiras colorindo o visual