Hoje o sol esquenta a rua
Como lambe minha nuca
A tempo de ouvir
O galo resistir o seu cantar
E, levando a madrugada
E os meus versos de calçada
Agora posso rir
De tanto que persisito
Nesse meu cantar
Para surdo ouvir
Velho insistente, cansado, confuso
Eu sei
Há de ser o que tiver de dar
Pois virar
Virará
Hoje o sol esquenta a rua
Como lambe minha nuca
A tempo de ouvir
O galo resisistir no seu cantar
Me levando a madrugada
E os meus versos de calçada
Agora posso rir
De tanto que persisto
Nesse meu cantar
Para surdo ouvir
Velho insistente cansado e confuso
Eu sei
Há de ser o que tiver de dar
Pois virar virará
Canto como respiro
Eu sei
É preciso cantar
Pra fugir dessa hipocrisia
Que não reinará jamais
No encanto que se principia
Já não é preciso temer
Os latidos de lá
Recalcados pela covardia
Que não reinará jamais
No encanto que se principia
Canto como respiro
Eu sei
É preciso cantar
Pra fugir dessa hipocrisia
Que não reinará jamais
No encanto que se principia
Já não é preciso temer
Os latidos de lá
Recalcados pela covardia
Que não reinará jamais
No encanto que se principia