O Sol ainda não se despontou no horizonte
E a cidade já acordou!
Bem antes que o dia se tornasse reluzente
A vida se transfigurou!
E os ávidos habitantes dessa esfera correm e lutam:
Defendem tanto esse chão.
Tem fortalecido os punhos e consciência
Que nada vêm de graça não.
Do forte perfume de rosas sobre o jardim
Roseiras nascem em branda flor.
Num pesado aroma de lilases, tão atrozes:
Longas cortinas de tussor.
Salientes cintilações nos ramos cor de mel
Que levam o sangue das raízes.
E nos frutos que balançam pendurados nos choupos
As folhas encobrem suas cicatrizes.
Nesse cenário não nos cabe a incompetência, a inércia,
Nem tampouco a fraquidão.
Heróis reais do pão de cada dia, com a valentia,
E o desejo na mesma proporção.
Sempre sobre os dias e as noites que renascem
Nas brisas que irão colher.
E nas empoeiradas urnas douradas que se abrem
Como pétalas, virão apodrecer.