O teu pecado esplêndido
Corrompe a dor do amor.
Agride os teus segredos
Que não despertam mais sabor.
Como podes sofrer tanto por ninguém,
Por algo que julgas com clareza
Te fazer tão bem?
Não finja o dom desejo
De saber apenas mais.
O teu saber excêntrico
Te exclui do coração da maioria
Crente na certeza desconfiada do perdão.
Não finja o dom desejo
De saber apenas mais.
Não se torne um servo tão concreto da contradição.
É o medo da nobreza da questão.
O teu passado ausente
Ainda exibe aquela cor.
Exprime os teus desejos
Ao rei que nunca, nunca te pagou.
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