Me dá licença patrão velho bueno
Sou galderia de de outras paragens
Já soltei meu pingo no pasto
Estou ainda cansada da viagem
Fui pialada pelo patrão velho
Pra para rodeio nos campos de lages
Enquanto o fogo de chão vai ardendo
Elá fora o minuano assovia
Uma prenda vai sevando o amargo
E no canto dois faz sanfonia
Faz lembrar minha velha querencia
Saudade de um guapo esta longe da cria
Pego a guitarra e abro o peito velho
E a prenda linda serve o chimarrão
Um índio guapo falando em peleia
Um chiru velho com o pé no tisão
Uma costela gorda em cima do brazido
O taio primeiro quem dá é o patrão
E a china velha que é dona do rancho
Cabelos trançados e vestido comprido
E a morena mais linda do pago
Tem cheiro do campo florido
Faz lembrar a mãe velha
Que deixei no rio grande querido
Quero junto com a gauchada
Sentir no pago soprar o minuano
Se eu nunca mais voltar pra querencia
Se o pai velho estiver me chamando
Vou para rodeio de outra estancia
Na invernada do pai soberano.