Fui batizado em águas mansas nas margens do Rio Pelotas
E me criei naquelas grotas ouvindo o canto do inambu
No meu viver de xirú, no relento serrano
E me abriguei do minuano com vestes de couro cru.
Bebi cantiga nos ventos, matei sede nas vertentes
Colhi frutos e sementes e plantei nas pradarias;
Fui pastor nas vacarias nos confins do meu passado
E que hoje só é lembrado nos versos das poesias.
Meu nome hoje renasce das cinzas dos ancestrais
No relincho dos baguais, araganos e caborteiros;
Ao relembrar os entreveiros quem nem o tempo consome
Os Birivas se fez homem e transformou-se em tropeiro.
Fui changueiro nas charqueadas no velho campos das vacas
Por onde mulas e brucas tropereavam noite e dia;
E o Biriva assim vivia nesta histórica jornada
Das serras de Sorocaba aos campos de Vacaria.