Eles dizem que não sabem
Na verdade nem querem mesmo saber
Eles riem quando viro as costas
Ele vão rir quando eu falar o que passei
Falar da minha cor é fácil
Difícil mesmo é assumir o preço
O preço alto do navio negreiro da escravidão
Sofrimento maior que as feridas de cristo
Nas estacas na mão
Nas feridas nos pés
A coroa de espinhos que cerca a intolerância
Quem crucifica Jesus, crucifica cristo
Crucifica o irmão
Apela pra ignorância
Quanta inconstância
Diz que é coragem, mas é covarde
Diz que é força de ação
Na verdade é desesepero
Eles acham que a gente não pode entrar na loja
Já olham de lado, falam no rádio - Cuidado, tem neguinho na área
Eu tenho dinheiro pra comprar, trabalhei por 18 horas nem pude desfrutar
Mas eles não sabem o que passa na mente de minha mãe
Quando saio, ela sempre pensa que alguém vai me matar
Mataram uma parte, mas a outra ainda sobrevive
E de dentro de mim sopra o vendo de que eu posso passar
Quando eu olho os brancos, eles acham que olho de inveja
Eles vivem da minha cicatriz, mas não tem punho pra sabgrar por onde devem
Sangra pelos olhos
Sangra pelo nariz
Mas não deixa esquecer o que fez esa cicatriz
Teu triunfo nesse mundo
E a dor do oriundo, imundo, sujo
Eles acham que nós somos menos, mas nem queremos ser mais
Só iguais
Quando a cor da pele vale bem mais que o brilho no olhar
o policial vai atirar, o guarda vai barrar
os soonhos vão acabar
seremos pobres de alma
tentando achar riqueza nos solos, no mar, no pre saç
Mas o que falta mesmo disso tudo é o amor
A riqueza da alma, mano, ninguém pode comprar