No teu leito de sedas e de sonhos
Dormes, desatenta, abertos braços
Uma vasta seqüência de montanhas
Se põe defronte à minha contemplação.
Te cerco dos meus passos lentos
Inspirando o gozo do teu respirar.
Súbito, corajoso, de mim se afasta
O jeito como antigamente fui.
De verdade ainda não assimilei tua essência
Uma nuvem indecifrável nos envolve
E tento saber, de não morrer, nesse abandono
Do teu corpo, rosas e corais colhidos
Já que dormes, irei me revelar-te
O começo do teu ser, conhecido por ti.
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