Sonhei que um dia eu montei a cavalo
Me bandiei em rumo a querência
Matar saudade dos meus velhos pais
Que a há tempo sofriam om a minha ausência
Eu cheguei vi tudo mudado
Não tinha campo e nem plantação
E o ranchinho onde fui criado
Tinha evaporado com a evolução.
Amarrei o pingo entes de um viaduto,
Pois ali passava somente pedestre
Atravessei uma grande avenida,
Ali eu me lembro era mata silvestre;
Não tinha mais a grande lagoa
Em quando em criança eu pescava de anzol,
E o campestre onde pastava o gado
Fizeram um estádio para futebol.
Fiquei encantando com a grande cidade
Caminhando sempre pelo calçamento
Olhando as fabricas e edifícios,
Pracinhas floridas, também monumento
O local do rancho onde me criei
De longe avistei o lindo apartamento
Meu pai que sempre me abria a cancela
Estava na janela ouvindo os movimentos.
Matei a saudade dos meus velhos pais,
Mas senti a falta de um bom chimarrão
Meu pai que sempre andava de bombacha
Tinha por costume mostrar o galpão.
Passamos pra sala jogamos xadrex,
Jantei a Frances, olhei televisão
Eu me deixei mas não teve jeito
De dormir direito com o barulhão
Abria janela a saltei parar fora,
Levei um susto ao bater no chão
Eu me acordei quase em desespero
Era o pesadelo de um pobre peão.