Quem nasce na Pampa bruta
Já sabe a luta como será!
Quem dorme sobre um pelego
Não tem apego ao que o ouro dá!
Quem tem o corte pra a lida
Empurra a vida e sabe que Deus dará!
O que é bom já nasce feito
E melhora um eito se nasceu lá!
(Ausente, fico sem jeito,
Me sinto feito pela metade!
São parte do meu retrato
Capão de mato, várzea e coxilha!
Só o vento de encontro ao rosto
Devolve o gosto da liberdade,
E eu volto a ser eu, inteiro,
Sentindo o cheiro da maçanilha!)
Um velho ditado diz
Que quem é feliz já enriqueceu.
Numa mala de garupa
Cabe, num "upa", tudo o que é meu!
O que eu tenho não tem preço
E eu agradeço tudo o que Deus me deu!
Não vim ao mundo por luxo
E, sendo gaúcho, já sou mais eu!
(Ausente, fico sem jeito,
Me sinto feito pela metade!
São parte do meu retrato
Capão de mato, várzea e coxilha!
Só o vento de encontro ao rosto
Devolve o gosto da liberdade,
E eu volto a ser eu, inteiro,
Sentindo o cheiro da maçanilha!)
Eu tenho o perfil de um povo
Que mescla o novo e a tradição;
Quem quiser me ver de perto,
É o momento certo pra um chimarrão!
De longe, verá uma estampa
Guardando a Pampa pra nova geração;
Com Deus do lado direito,
O mapa no peito e o laço na mão!
(Ausente, fico sem jeito,
Me sinto feito pela metade!
São parte do meu retrato
Capão de mato, várzea e coxilha!
Só o vento de encontro ao rosto
Devolve o gosto da liberdade,
E eu volto a ser eu, inteiro,
Sentindo o cheiro da maçanilha!)