No meu aquário morre um peixe por dia
E meu olhar habita na água parada
Eu não sei se é lágrima ou água salgada
Mas, no meu rosto, uma gota eu sei que escorria
Ela não sabe de nada
E se nadasse não seria na minha
Ou eu morro na praia
Ou num balde de água fria
Refrão
Ela não sabe de nada
E se nadasse não seria na minha
Ou eu morro na praia
Ou num balde de água fria
Cilada é comer nas suas mãozinhas
Nas linhas que eu não sei onde vão dar
Nem se eu fosse um grande advinha
Tivesse lido a bíblia, o alcorão ou o torá
Refrão
Ela não sabe de nada
E se nadasse não seria na minha
Ou eu morro na praia
Ou num balde de água fria
Ela vem me abrindo os poros
Decifra-me ou te devoro
Arrepiando minhas escamas
Ela com seu peso
Eu com meus gramas
Eu sou um peixe pequeno
Se eu fosse um cavalo marinho
Não faria diferença
O meu mar é tão razinho
E no aquário ela não pensa