Minha imagem não é adorada com amor
Minhas palavras não arrastam multidões
Meu nome não é repetido com fervor
Não me cobre uma postura de deus.
Pois pra quem vive no caos dessa cidade
A vida não se mostra imune
Pois até para um pobre miserável
A rosa também oferece seu perfume
Aprendi na mina vida
Entre o bem e o mal
Que a mão que te ensina
Crava o punhal
Ave ódio!!!
Somos vítimas do engano
Infeliz obra do sucesso
Somos peões desse plano
Medíocre e desonesto
Somos índios urbanos
Em ocas de concreto
Somos farrapos humanos
Da ordem e do progresso