Quanta vez eu fitei essas fronteiras
Horizontes, estrelas, firmamentos
Presa de sonhos e estremecimentos
De esperança, nas horas derradeiras!
Ah! Meus longínquos arrebatamentos
Amarguras e dores e canseiras
Que vos fostes nas lágrimas ligeiras
Como folhas levadas pelos ventos
Quanta vez, abafando os meus soluços
Como o errado viajor que cai de bruços
Sobre a íngreme estrada da agonia
Ensináveis-me a ler a Bíblia santa
Desta vida imortal que se levanta
Numa alvorada eterna de alegria!
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