Chora dona que ficou só
Sem o seu canto diário
Nunca vai entender
Nem tudo tem um porquê
Quis sair até encontrar
Seu perdido sabiá.
Mãe disse, então:
Leva a sombrinha que vai chover.
E saiu para longe a procurar
Por trás dos montes, por onde nunca pôde estar, por onde nunca foi
E viu o sertão que virou mar
Tantas gentes, tantas cores, tantos nomes, que custou depois lembrar
Mas o tempo nunca levou da memória
Aquele cantar sabiá