MAG - São Paulo Şarkı Sözleri

Oh mano, falar de São Paulo é polêmico, tá ligado?
Por que assim... eu tenho só uma visão da cidade também.
Eu acho que geral, tal, eu vejo os rapper's aí né mano?
Falando mal do governo, com certeza.

Mas também começa de baixo, né mano?
Se vê aqui em baixo mesmo os pobre fodendo os próprios pobres,
Os preto já fodendo os preto, tá ligado?

Se ver a policia? a policia do bairro, porra.
As vezes é do teu bairro, caralho ele veste a farda.
Ele vem te enquadra, te dá um tapa na cara
O caralho. tá ligado?

Sei lá é moh doideira.
Os preto consegue alguma coisa, vem no bairro
Só pra esculachar os próprio preto que não conseguiram.
Automaticamente o preto que não conseguiu
Já cria uma inveja, ao mesmo tempo
Não conseguiu também por que, pôh
É vagabundo, não trabalha, fica empinando pipa
O dia inteiro, na laje.

Porra, é meio confuso o lance, né mano?
Eu só acho que essa doideira toda aí mano,
Se resume em São Paulo, tá ligado?
Não tem como resolver, não tem como resolver.

Nego fala que tem como, eu falo que não tem.
Não tem como resolver mais...

São Paulo já era
Ou emancipa, tá ligado?
Pra acabar essa zona
Ou já era.

Eu sai fora, não aguentei não
Toda hora sendo esculachado pela policia
Se não pode comprar nada, não pode ter nada
Que se é roubado. tá ligado?
E quem te rouba é da mesma raça.
Moh doideira irmão.

Aí nego passa a fita pro outro
Ih mano é só loucura.
Não pode ser nada, não pode ter nada

Pôh tem que ter né mano?
Aí quando se tem, se não presta
Por que você se vendeu
O bagulho é muito louco.
Ah mano parei.

Dá não, é muita loucura mano
É muita satisfação que se tem que dar pros outros.
Aaaaaaah

Ô mãe , que horas são ?
- Seis horas
Esse é o código
Eu tenho raiva só de olhar pro relógio;

São Paulo é depressão, é, e eu cheio de ódio,
À 20 anos pra tentar subir no pódio;

Chuva pra carai, blusa, caxa hell
Não vale o meu salário , mas paga o aluguel;

São três horas de ida e volta pra tentar chegar no pico,
Etinerário pra quem sonha em ficar rico;

Cinco notas de um, dois, cachorro quente
No auge do desespero vagabundo vira crente;

As minas nem conversa, eu nem insisto
No mundo das vadia interesseira eu nem existo;

Então desiste dessa porra logo , e pega as quadrada
Vai pro Rio ou Guarujá viver num conto de fadas;

O capeta até parece que as vezes tem razão
Eu canto rap à quinze anos e não vejo solução;

Chuva pra caralho , frio , baldiação
De São Miguel pra Sé da sé pra consolação;

A favela ainda existe só no entretenimento,
Favelado acomodado só fumando, bebendo;

Os patrícios conta historia , já pararam no tempo
Acha onda explanar pro bairro só sofrimento;

Na porta do boteco ex-ladrão se diverte,
Explanando pros pivete que foi 157;

Faz bem pro ego ,mas num faz bem pra alma,
O diabo fala - vai , e Jesus fala - calma

Geral de carro , e quando vai ser minha vez ?
Leio o salmo 23, e os boy andando de A3 ?

Aos invejosos: Falaí... essa injustiça me corrói,
Vai trabalhar carai ,nem todo mundo nasce boy

É o preço de viver aqui no sul da capital,
Mendigo, puta, os carai escambal

Na Av. Paulista tem até Heliporto
Blindado, conversivel e vários prédio bem loco;

Eu até acho pouco, o manos que se involvem no crime,
Inveja é o troco da favela quando encherga a Berrini

Na Augusta nasce puta como se nasce rato,
Até que é bom - Presta atenção - Ah não - Já to fraco;

De Office Boy ganho merreca ,isso que os branco me dá,
To de alforria até as seis, depois eu volto pra lá;

Na senzala moderna é só da ponte pra cá,
Ta demorando pros branquinho emancipar;

A Zona Sul jogada as traças,
E o metrô, lotado até Itaquera de iludido, sonhador;

Os nóias rouba pra fumar, crack na fissura,
Os gambé só de migué , se acha Deus na viatura;

Fazer oquê , a culpa é dos próprio preto , vai vendo,
Infurnado nos estádios se ofendendo;

Engravidando as própria preta na maldade:
- Ueh ,ninguém faz rap ?
- O que ?
- Controle de natalidade ?

Analfabeto porqê quer, mas só um não muda o mundo,
Vai falar com favelado, parece que é surdo e mudo;

Mas põe pagode, cerveja, novela e futebol,
Baile funk, putaria, maconha e carnaval;

Nego faz festa e churrasco, mas reclama da fome,
Chama os irmão pra bater laje, você vai ver, geral some;

Por isso que em São Paulo pobre fica pra depois , se acomodar em dizer:
- Aonde come um , comem dois;

São Paulo é pra quem quer, João, eu saí
Passei fome e os carai , então , ficaí
Quer ser rei do seu castelo ?
Você tem que construir,
Só num esquece que outro pobre, vai querer destruir;

Vo juntar o meu dinheiro, eu vou pro interior,
Planta cana, ser pedreiro, já cansei de ser cantor,
Porque se eu ficar em São Paulo, vou ser mais um sonhador,
Sem poder andar com nada de valor;

São Paulo é pra quem quer, João, eu saí
Passei fome e os carai , então , ficaí
Quer ser rei do seu castelo ?
Você tem que construir,
Só num esquece que outro pobre, vai querer destruir;

Vo juntar o meu dinheiro, eu vou pro interior,
Planta cana, ser pedreiro, já cansei de ser cantor,
Porque se eu ficar em São Paulo, vou ser mais um sonhador,
Sem poder andar com nada de valor;

São Paulo é pra quem quer, João, eu saí
Passei fome e os carai , então , ficaí
Quer ser rei do seu castelo ?
Você tem que construir,
Só num esquece que outro pobre, vai querer destruir;

O meu povo ta esquisito, tipo bicho,
Em São Paulo eu fui tratado como nada, como lixo;

O preto cresce assim, tipo cada um por si,
O pobre fode o pobre, o preto fode o preto sim;

Outro dia eu vi quatro preto numa uno,dois numa CG
Enquandrarão dois negrinhos, Ah e até parei pra ver;

Tomaram o boot dele, o boné e mais dez reais,
Será que eles pensaram que os moleques tinha mais ?

Morando em Guaianáses, é, ladrão não tem critério,
Na desgraça de outros pobre, vai montando seu império;

Pobre reclama do governo, num faz nada e num enxerga
Que o bairro que da curso e da diploma pra esses merda.

Se eu for falar dos gambé, é mesma coisa que nada,
O poder se manisfesta depois que veste a farda;

Aminésia que nada, pegou o patente outro dia,
Tipo cota mata preto e sobe na hierarquia;

Desde que o foco seja os pobre, os fraco, os nordestino,
Os Silva, os Pereira, os Oliveira, os Severino;

Aquele pobre favelado, que falava em ser herói,
Faz chacina nas favela e comemora com os boy;

Da tapa na cara dos moleque no enquadro,
Rata-ta-ta se o suspeito for pardo;

Labirinto do caralho, cidade de racista,
Se passar de faxineira, a vaga é só pra balconista;

Mas pra virar artista não é tão mole, Jão,
Qual é o preto que apadrinha preto na televisão ?

Foi só porta na cara, sem talento acha que pode,
Num foi só jogador, foi os pop do pagode;

Os mesmo cús que hoje liga me chamando de irmão,
Fala de mim pelas costas, quer me tirar de cusão;

Se o Brasil já tá falido, então fudeu,
São Paulo é pra quem tem ou pra quem ainda não cedeu;

Quanto vale a minha paz, eu recuo ou sigo em frente ?
Ou pego a bíblia ,me converto e viro crente:
- Amém;

Plantei minha semente mas ninguém me entendeu,
Pregava tipo João, mas os pobre eram ateu;

Cê intendeu , dona Maria, se conselho fosse bom,
Eu vendia na favela , como o boy compra Chandon;

Na selva de pedra, o dinheiro é o que manda,
Em São Paulo rege a regra da demanda;

- O que cê faz ?
- De onde cê vem ?
- O que que cê traz ?
- O que que cê tem ?
- Quantos ano encarcerado ?
- Quantos dias na FEBEM ?

A policia mata fácil,
Olha, sua tatuagem,
Pede, seu RG,
Pergunta se tem passagem;

Depende da sua sorte, se passar das nove horas,
Te agride, pega um troco e vai embora;

Por essas e outra que prefiro sair fora,
Merreca por merreca eu pego a esmola e vou embora

Imagina se eu dou certo, eu vou viver na contenção ?
Pra quando eu chegar em casa os irmão me render no portão;

Levar meu carro, meu cordão, minha televisão,
Não satisfeito de inveja, três tiros de consolação;

Enquanto cê não é nada, judaria se confirma,
- Negão, cê tem talento, ainda vou te ver por cima;

Depois que nego vê, que deu certo a correria,
Passa rádio e te sufoca todo dia;
- Judaria

São Paulo é pra quem quer, João, eu saí
Passei fome e os carai , então , ficaí
Quer ser rei do seu castelo ?
Você tem que construir,
Só num esquece que outro pobre, vai querer destruir;

Vo juntar o meu dinheiro, eu vou pro interior,
Planta cana, ser pedreiro, já cansei de ser cantor,
Porque se eu ficar em São Paulo, vou ser mais um sonhador,
Sem poder andar com nada de valor;

São Paulo é pra quem quer, João, eu saí
Passei fome e os carai , então , ficaí
Quer ser rei do seu castelo ?
Você tem que construir,
Só num esquece que outro pobre, vai querer destruir;

Vo juntar o meu dinheiro, eu vou pro interior,
Planta cana, ser pedreiro, já cansei de ser cantor,
Porque se eu ficar em São Paulo, vou ser mais um sonhador,
Sem poder andar com nada de valor;

São Paulo é pra quem quer, João, eu saí
Passei fome e os carai , então , ficaí
Quer ser rei do seu castelo ?
Você tem que construir,
Só num esquece que outro pobre, vai querer destruir;
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