No peito ao acordar
Abrindo o sol
Decerto deve haver
Um rasgo de gritar
A vida, o nó
Em cada amanhecer
E só nos restaria
Resistir
Por vezes fraquejar
Pois nos é dado sempre
Perceber
Pra tudo se encaixar
Nas ladeiras, nos grotões
Fundo no mais fundo de nós
Apagar o tédio
Acender coragem
E o mesmo sentimento
De saber
A terra a procriar
Façamos dos lugares
Ao redor
Um chão pra descansar
E todas as belezas
Que hão de ser
Vem sempre aliviar
E a todos os amigos
Escrever
As dimensões do mar
Nas encostas, nos pontais
Alto do mais alto de nós
Religar os traços
Refazer-se inteiro
Nas encostas, nos pontais
Fundo do mais fundo de nós
Religar os traços
Refazer-se inteiro
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