quantas naturezas se contrastam
ao sabor da carícia matinal...
o cansaço fervilha em meus olhos
lembranças ciscam no quintal.
a bruma baixa lençóis nos campos
o torpor me liquefaz em baixo astral.
presenças se constróem em teu olvido
ausências cobrem folhas de jornal.
o cheiro adocicado das bromélias, enjoa meus
devaneios em ritual.
saudades atravessam o riachinho,
buscando andorinhas sem sinal.
meus dedos estralam tão ansiosos
deduzindo teu aroma especial.
quantas vezes não terás chamado a mim,
aguardando meus fluidos no pinhal.
e quantas vezes omiti teu ombro amigo
nas paragens onde ri, sempre em caudal.
o cheiro adocicado das bromélias........
se não falei de ti nesse poema,
desculpa, mas eu juro: não foi por mal.