Sai do tronco, negro!
Xangô já te falou pra guerrear
Não se entregar
Solte as cordas e as mordaças
Junte um bando atrás do engenho
Pra se rebelar, pois já não dá mais
Fecha o cerco, liberta teu pai, tua mãe
Teu amor
Não aceite viver assim, mercadoria do sinhô
Todo esse tempo juntando alforria
Moendo dor
Me diz agora o preço da prisão
Que você legou
Ninguém te pagou por nada
Destes séculos de cárcere
Tantos palácios, mãos escravas
Me diz agora o que cê vai fazer!