Na era das marcas
Sinto granadas de catarse comercial
Explodirem na minha cara
Dentro da minha sala
E vejo o senso comum
Rumo ao ponto final de uma linha de montagem
De adestramento animal
Dois sentimentos
O amor e o medo
Que juntos completos se transformam em inteiros
Na guerra das máquinas
Estes seres urbanos
Sempre se repetindo
Por debaixo dos panos
O homem transgênico
De emoção biônica
Quero ver ele comer
Um espaguete de linha telefônica
E os ponteiros do relógio
Que me viram do avesso e só tendem a me chicotar
Eu penso mas eu lembro
Dos botões que eu tenho que apertar
Não pense mais tanto assim
É o que o meu amor diz tanto pra mim
Para eu não ligar pra tanta amargura
Mas quando eu saio na rua